Compaixão, essência da vida cristã

Trabalho de Homilética apresentado pela aluna: Juréia Fernandes dos Santos em Marco de 2015.

" O Sacerdote e o Levita eram religiosos, mas deixaram de ajudar o homem que precisava, já o samaritano que não tinha esta "obrigação" , teve compaixão para com ele e fez de tudo para o ajudar."(Lc 10:30-37)

 

 - A compaixão é fruto do verdadeiro amor para com o próximo.

Nos dias de hoje estamos mais preocupados com nossas vidas do que com a caridade e em dar amor, ou seja, de termos compaixão pelo nosso próximo, logo deixamos de viver a essência da vida cristã.

Esta semana eu estava voltando do trabalho e no caminho surge um catador de papelão e me vendo andar pulando e cantando me desejou uma boa tarde e me disse que a felicidade está em Deus e por um curto tempo fomos conversando como se fossemos amigos.

Neste caso, o homem não estava ferido por fora, mas por dentro estava cansado de ser invisível e de não ter uma conversa. Nós precisamos aprender a ver a necessidade do outro para podermos executar a verdadeira compaixão.

Se não temos amado o nosso próximo, não cumprimos a lei. O amor é a essência da lei de Deus.

Em Filipenses 2:1-2;5 - diz: "Portanto, se há algum conforto em Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão no Espírito, se alguns entranháveis afetos e compaixões. Completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus."

No versículo 36, Jesus nos leva a compreender que a questão não é quem é o nosso próximo, mas em sermos o próximo daquele que está a parecer.

Deus nos chama para um amor sincero. O amor descrito na bíblia não é um sentimento e sim uma decisão.

-  A compaixão é a via de acesso para Jesus entrar na vida do próximo.

Paulo descreve em Gálatas 2:20-21 "Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim."

Jesus nos ama de tal maneira que morreu por nós, assim devemos também fazer para com nosso próximo, este é um princípio básico e mandamento primordial de Cristo, se não conseguimos fazer o mesmo é porque ainda não estamos aptos para proclamar a sua vida, pois não a vivenciamos.

Na parábola, Jesus fala para o doutor da lei fazer o mesmo que o samaritano, ou seja, nos leva a compreensão de que devemos agir com base nos exemplos dEle. Podemos ver o "bom samaritano" como uma figura representativa do próprio Cristo que veio para nos curar, para nos ensinar.

O samaritano quebrou o protocolo e ajudou o homem caído, não fez isso por que seria bem visto, mas pelo contrário, o fez porque não conseguiu vê-lo caído, cheio de feridas e não compadecer da sua dor. Depois de oferecer os primeiros cuidados, o samaritano coloca o homem no seu animal, que era seu transporte e a leva para uma hospedaria onde poderia melhor cuidá-lo. Ao fazer isso o samaritano muda o caminho do tal homem e toma as rédeas da sua vida. Com base nisto, entendemos que é a partir da nossa compaixão que Jesus se manifesta nas nossas vidas e nas dos nossos próximos.

Conclusão

A compaixão é a essência da vida cristã, é o real amor cristão, aquele descrito pelo próprio Cristo.  Este é o entendimento que precisamos ter, sendo o amor a essência da lei de Deus, amar o próximo é compreensão e execução da lei do Pai.

A partir disto queria te chama a atenção para algo que mexeu comigo:

Vendo Jesus como "o samaritano", ele nos deixa na hospedaria por um tempo até sermos curados, restaurados para poder superar toda a dor passada. Agora superada a dor, é hora de ser você o "bom samaritano" de alguém. Vai, e faze da mesma maneira!