TEXTO BASE: Lucas
22:14 a 20
14 Chegada a
hora, Jesus se pôs à mesa, e os apóstolos estavam com ele. 15 Então Jesus lhes
disse: — Tenho desejado ansiosamente comer esta Páscoa com vocês, antes do meu
sofrimento.16 Pois eu lhes digo que nunca mais a comerei, até que ela se cumpra
no Reino de Deus. 17 E, pegando um cálice, depois de ter dado graças, disse: —
Peguem e repartam entre vocês.18 Pois eu digo a vocês que, de agora em diante,
não mais beberei do fruto da videira, até que venha o Reino de Deus. 19 E,
pegando um pão, tendo dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo: — Isto é o meu
corpo, que é dado por vocês; façam isto em memória de mim. 20 Do mesmo modo,
depois da ceia, pegou o cálice, dizendo: — Este cálice é a nova aliança no meu
sangue derramado por vocês.
INTRODUÇÃO
A Páscoa era a maior e a mais sagrada das festas
religiosas do ano para o povo judeu que celebrava a redenção da nação da
escravidão no Egito. O cordeiro pascal, cujo sangue foi da primeira vez aspergido
sobre os umbrais para desviar o juízo da morte isto era um tipo de Cristo –
Paulo faz esta referência direta em “Pois
também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado.” (I Coríntios 5:7b).
Jesus, nesta celebração inicia o processo que
culminaria em sua crucificação com uma ceia muito bem preparada por ele mesmo,
para que tivesse um tempo exclusivo com seus discípulos. Eles estavam sim
lembrando da libertação do Egito e cumprindo com a lei de comemorar as festas
principais, entretanto havia ali naquele ato uma ressignificação da Páscoa aos
que nEle creem.
Nestes versículos apontam para uma conclusão: Até que
ele se cumpra no reino de Deus. Existe uma ligação entre a Páscoa e o reino de
Deus. O último é o cumprimento do propósito de Deus na redenção, assim como a
primeira foi uma de suas primeiras manifestações.
JESUS O CORDEIRO VIVO DA CEIA
Jesus utilizou os símbolos antigos para lhes dar um
novo significado.
Do pão
disse: “Isto é o meu corpo.” – Isto
é exatamente o que queremos dizer por sacramento. Um sacramento é algo, quase
sempre muito comum, que adquiriu um significado muito além de si mesmo para
aquele que tem olhos para ver e coração para compreender. É um sinal ou um
gesto divino instituído por Jesus Cristo, são coisas comuns, mas têm um
significado além de si mesmos. Isso é um sacramento.
Em nossas casas temos objetos que por vezes não tem
algum valor que até poderiam ser jogados fora, entretanto, ao pegá-los vem à
memória do tal ou qual ocasião ou de tal ou qual pessoa ele se refere. O pão
que comemos durante a ceia o sacramento é comum, mas, para aquele que tem um
coração que sente e compreende, é o próprio corpo do Cristo.
Do cálice
disse: “Este cálice é a nova aliança no meu sangue derramado por vocês.” –
É a nova aliança feita ao preço do sangue de Cristo. No sentido bíblico, um
pacto é uma relação entre o homem e Deus. Ele se aproxima amavelmente do homem;
e este promete obedecer e guardar sua lei.
Os mandamentos estabelecidos por Deus em Êxodo tem um
pacto dependendo do homem cumprir sua promessa e obedecer a lei; mas por si
mesmo não pode fazê-lo; seu pecado interrompe a relação com Deus. Todo o
sistema de sacrifícios judaicos estava desenhado para restaurar essa relação
oferecendo sacrifícios a Deus para expiar o pecado.
O que Jesus disse foi o seguinte: ”Com minha vida, e com minha
morte, tornei possível uma nova relação entre vocês e Deus. Vocês são
pecadores, é certo. Mas porque eu morri por vocês, Deus já não é mais seu
inimigo e sim seu amigo.” Custou a vida de Cristo restaurar a perdida
relação de amizade entre o homem e Deus.
E ele faz um
lembrança: “façam isto em memória de mim.” –
Ele sabia quão facilmente a mente humana esquece. Há uma frase que se
usa para descrever o tempo e a memória: “O tempo apaga todas as coisas”.
Um paralelo seria como a mente do homem fosse um
quadro-negro, e o tempo fosse uma esponja que podia limpá-lo. Jesus estava
dizendo: "Com a pressa e a pressão das coisas vocês me esquecerão. O homem
esquece porque é fraco e não porque queira fazê-lo. Venham à paz e
tranqüilidade de meu lar e façam isto com meu povo e recordarão."
AS DUAS PÁSCOAS
– LIBERTAÇÃO E ESPERANÇA
A páscoa devia ser tanto comemorativa como uma festa
típica, apontando não somente para o livramento do Egito, mas, no futuro, para
o maior livramento que Cristo cumpriria libertando Seu povo do cativeiro do
pecado.
O cordeiro sacrifical representa o “Cordeiro de Deus”,
em quem se acha nossa única esperança de salvação. Não bastava que o cordeiro
pascal fosse morto, seu sangue devia ser aspergido nas ombreiras; assim os
méritos do sangue de Cristo devem ser aplicados à alma. Devemos crer que Ele
morreu não somente pelo mundo, mas que morreu por nós individualmente. Devemos
tomar para o nosso proveito a virtude do sacrifício expiatório.
A primeira páscoa a libertação era da escravidão, Deus
não estava fisicamente, mas libertação era manifesta no corpo de cada um, ou
seja, libertação física. Esta Páscoa era visível do que aconteceu com o povo.
Passagem do estado de escravo para o livre.
A segunda é a última Páscoa que resolve de forma
definitiva a liberação, Deus se faz presente, Emanuel (Deus conosco), Ele
liberta da escravidão do pecado, liberdade esta que é espiritual que da vida no
lugar de morte. Está liberdade é espiritual não visível que acaba implicando em
liberdade emocional, se assim aquele que segue a Jesus permitir a renovação de
sua mente e coração.
Ambas as ações executadas por Deus são para libertação
do homem, mas nunca serão para a glória do homem, tudo isto que foi feito a
Glória de Deus porque a obra de redenção, o plano de libertação e salvação vem
dEle e foi de graça pela Sua graça, não havia contrapartida do homem para que
ele recebesse, não há nada que o homem possa fazer para ser digno desta
libertação, ao homem cabe apenas aceitá-Lo e viver segundo o proposito que Ele
tem para quem o serve.
Deus traz além da libertação a esperança, que está ligada direto com Sua volta, porque celebramos a
ceia até que Ele venha, até que o seu Reino seja estabelecido, Jesus não comerá
mais desta ceia até sua volta, mas nos comemos para lembrar do seu sacrifício,
da redenção e da salvação que foi dada.
A obra de Cristo na Cruz completa o ciclo de
libertação iniciada na obra de Deus na Páscoa do Egito, com a libertação
completa que foi ofertada ao homem que aceita a Cristo como Salvador e Senhor
de sua vida. Você é livre para servi-lo, é livre da escravidão do mundo, livre
do pecado e tem esperança vinda dEle!
Maranata Vem Senhor Jesus!
Prs. Rosana Santana e Luis Santana
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