Chag Sameah Shavuot! – Feliz
festa de Shavuot!
Shavuot ou
Pentecostes – Festa das Semanas (7 semanas, 50 dias depois da Páscoa). Também
conhecido como festa da colheita, pois celebrava-se a colheita que havia tido,
e entregava-se os primeiros frutos (primícias) – Êxodo 23:16.
Em Shavuot, o judeu celebra principalmente o dia em que
Deus deu a Moisés e ao povo a Lei, no monte Sinai, ainda em território egípcio,
depois de serem libertos de uma escravidão de 400 anos. Que Lei é essa? Os 10
Mandamentos, ou as 10 Palavras, na tradução original do hebraico.
Shavuot, é uma festa cheia de tradições, uma dessas
tradições é que o judeu come alimentos a base de leite, pois eles entendem que
não existe melhor e mais puro alimento que o leite, sendo a Torah, a Lei de Deus, comparada como o puro
leite espiritual, pois a Lei de Deus é o que nutre espiritualmente uma pessoa.
O leite materno, por exemplo, tem tudo o que um recém nascido necessita. Quando
uma criança acaba de nascer, o médico orienta a mãe a apenas amamentar o bebê
com o leite materno durante os seis primeiros meses de vida, não precisando de
mais nada para sacia-lo. “Como bebês
recém-nascidos, desejem intensamente o puro leite espritual, para que por meio
dele, cresçam e experimentem plenamente a salvação, agora que provaram da
bondade do Senhor.” 1Pedro 2:2-3
Outra tradição é que eles passam a noite toda meditando
na Palavra de Deus e lendo o livro de Rute. Mas por que o livro de Rute? Porque
a história de Rute acontece exatamente em uma época de colheita, onde o povo,
após aquela colheita, iria entregar as primícias para Deus e celebrar Shavuot.
Conhecer a história de Rute, vai muito além de conhecer
uma tradição judaica em uma festa, porque é na história dessa mulher que vamos
ver a bondade de Deus sobre a vida duas mulheres que até aquele momento, não podiam
contar com mais ninguém. Ou Deus olhava para elas e fazia algo por elas, ou
morreriam. E Shavuot e a história de Rute tem muito a há ver com a nossa vida.
Só para que você se lembre, Rute foi uma Moabita (nascida
em Moabe), que casou-se com um dos filhos de Elimeleque e Noemi. Eles se
conheceram quando esse casal, por causa da falta de alimentos severa, saiu de
Israel, e foi para Moabe, para sobreviver. Em Moabe as coisas não aconteceram
como o planejado, e segundo o livro de Rute, em quase 10 anos que ali
permaneceram, Elimeleque morreu, e os filhos de Noemi, Malom e Quiliom, também
morreram, e Noemi ficou sozinha com suas noras, Orfa e Rute.
Noemi então ouviu dizer que a seca em Israel havia
acabado, e que havia alimentos novamente, então decidiu retornar. Antes, tentou
convencer suas noras que não fossem com ela, que seguissem a vida delas
novamente, que se casassem novamente. Orfa, voltou para Moabe, mas Rute foi
fiel a sua sogra e não a abandonou, e foi com ela para Israel.
Noemi sabia que teria muitas dificuldades,
pois naquela época, uma mulher só “era alguém” na sociedade, se fosse casada e
se tivesse filhos. Noemi era uma mulher, idosa, viúva e sem filhos, e agora sua
situação era um pouco pior, pois sua nora Rute, além de também ser viúva e não
ter filhos, era estrangeira em Israel.
“Rute respondeu:
Não insista comigo para deixa-la e voltar. Aonde você for, irei, onde você
viver, lá viverei. Seu povo será o meu povo e seu Deus, o meu Deus. Onde você
morrer, ali morrerei e serei sepultada. Que
o Senhor me castigue severamente se eu permitir que qualquer coisa, a
não ser a morte, nos separe! Quando Noemi viu que Rute estava decidida a ir com
ela, não insistiu mais.” Rute
1:16-18.
Essa decisão
de Rute de permanecer com sua sogra Noemi, de ter o Senhor como o seu Deus, e
abandonar os deuses e ídolos de Moabe, e ter o povo de Israel como o seu povo,
fez com que Deus mudasse completamente a história de Rute. O Senhor fê-la sair
da pobreza para a riqueza, pois ela casou-se com Boaz, um dos homens mais ricos
de Israel naquela época que a resgatou, tirando a também da viuvez, da solidão.
Tirou-a da esterilidade, dando-lhe filhos, dentre eles Obede, pai de Jessé e
avô do rei Davi, e agora ela não é mais estrangeira, e torna-se israelita.
Eu não sei se você já conseguiu enxergar algo semelhante
na sua vida, se não eu vou lhe ajudar fazendo uma pergunta. Quem era você antes de você decidir aceitar
Jesus como Senhor e Salvador da sua vida?
Eu não seu você, não conheço direito a história de muitos
que estão aqui hoje, mas eu conheço a minha história de vida, e acredito que
não tenha sido muito diferente da história de vida de muitos que estão aqui. O
que pode mudar um pouco é o pecado e como ele aconteceu na sua vida, e o tempo
que você levou para conhecer Jesus, o seu resgatador, mas de resto é tudo
igual.
Jesus é o nosso Boaz, o nosso resgatador. Aquele que
pagou um alto preço pela minha vida e pela sua vida. Deus não levou em
consideração as nossas mazelas, o nosso passado, a nossa inimizade com Ele, e
nos tirou do reino das trevas, e nos levou para o reino do seu Filho amado.
Éramos pobres, mas agora nós somos ricos de todas as riquezas
celestiais, não tínhamos um Pai, éramos criaturas, mas agora somos filhos de
Deus, e como filhos herdeiros, detentores das Suas promessas, pois fomos
enxertados na videira verdadeira, e temos direito às mesmas bênçãos que os
israelenses, pois fazemos parte do povo de Deus através de Jesus. Não nos
tornamos judeus, não somos israelenses, mas porque um dia assim como Rute,
decidimos ter o Senhor como o nosso Deus por intermédio de Jesus.
E o que tem há ver Shavuot com tudo isso?
Quando tomamos a decisão de nos reconciliar com Deus, fazemos
uma aliança com o Senhor, e nos colocamos debaixo da Sua Lei, aquela Lei que
foi dada a Moisés e que está em Êxodo 20:1-17, que conhecemos como os 10
Mandamentos (que na verdade é uma pequena parte de toda a Lei). Essa é a Lei
que nos alimenta, e mostra como devemos seguir nossa vida.
Com certeza você deve estar dizendo em seu pensamento,
“mas não vemos debaixo da Lei, mas debaixo da Graça”. E eu respondo sim, você
tem razão, porque essa Lei não nos oprime, porque ela não está no papel, mas no
nosso coração, a Lei de Deus saiu daquela pedra e entrou em nosso coração,
porque temos em nós o Espírito Santo, o Espírito de Deus, que foi derramado
sobre toda a carne, a partir dos primeiros Apóstolos no livro de Atos.
O livro de Atos nos conta que os discípulos e Apóstolos,
estavam reunidos no Cenáculo do Templo, no dia de Pentecostes, cumprindo uma
ordem dada pelo próprio Jesus, “permaneçam em Jerusalém, até que do alto sejam
revestidos de Poder.”
O Espírito Santo, o Espírito de Deus, o Espírito de
verdade, o nosso Consolador, Aquele que nunca nos abandona e que nos ensina
todas as coisas, nos enche de poder para pregarmos as boas novas do Reino de
Deus, pregarmos o evangelho. Não conseguimos cumprir o Ide sem o Espírito
Santo. Não conseguimos fazer discípulos, sem o Espírito de Deus.
E da mesma forma que aconteceu lá no Egito, quando o
Senhor deu a Lei para Moisés Êxodo 19:16-20, quando Deus manifestou-se com
trovões, raios e em forma de fogo, nuvens, ventos, e ao som de trombetas,
terremoto, e sua voz era como trovão, Ele o fez em Atos 2 (ler). Os que eram de
Deus, ouviram os discípulos falar em sua própria língua, e se converteram a
Jesus, mas outros apenas achavam que eles estavam bêbados.
Que você decida ter Jesus como
Senhor e Salvador de sua vida, e seja cheio do Espírito Santo.Deus lhe abençoe
Pr. Kleber Jacinto
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