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segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

O Evangelho Livre da Vergonha


Texto Base: Romanos 1:16 e 17 (NAA)
16 Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego.
17 Porque a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: “O justo viverá por fé.”
Você tem vergonha de alguma coisa?
Você teria alguma honra ou se gloriaria em algo que fizesse para Deus?

Introdução
Ao lermos estes dois versículos, encontramos aqui uma síntese do que é o evangelho que traz a salvação e a libertação, estas palavras são o tema desta carta do apóstolo Paulo aos Romanos. O contexto histórico em que ele escreve esta epístola data provavelmente na primavera de 57 ou 58 d.C. próximo do fim da sua terceira viagem missionária ele estava na cidade de Corinto.
A carta de Romanos é descrita por muitos teólogos como um evangelho é a mais longa, mais teológica e mais influente escrita por Paulo. De modo contrário à tradição católica romana, a igreja de Roma não foi fundada por Pedro, nem por qualquer outro apóstolo. Ela provavelmente foi iniciada por convertidos de Paulo provenientes da Macedônia e da Ásia, bem como pelos judeus e aqueles que se haviam se convertido ao judaísmo e foram alcançados pelos ensinos de Jesus Cristo no dia de Pentecoste.
Paulo escreveu a igreja de Roma em primeiro lugar por querer que seus membros compreendessem o evangelho; depois, para que o vivenciassem – a fim de que conhecessem sua gloriosa libertação.

Evangelizar os que já estavam convertidos?
Pode soar estranho esta pergunta, mas Paulo escreve aos Cristãos de Roma falando a eles do evangelho. Quando nos deparamos com a verdade do evangelho mais precisamos que ele entre em nós e mude nossas vidas. Viveremos com Cristo, morreremos com Ele ou seremos arrebatados para junto dEle, mas não podemos prescindir do que o evangelho é para nós, aqueles que um dia decidiram aceitá-Lo como Senhor e Salvador de suas vidas.
Quando Paulo diz que não se envergonha do evangelho é por que na verdade ele usa uma figura de linguagem (litotes – afirmação pela negação do contrário). Ele quer dizer é que “se gloria no Evangelho e considera alta honra proclamá-lo.”
Mas aqui fica a pergunta: você tem vergonha de anunciar, proclamar ou falar do evangelho? Você tem vergonha de se mostrar como um cristão?
Muitas lutas e guerras são travadas em nossa mente e coração, mas ao nos depararmos com outras histórias de como Deus fala através das escrituras conseguiremos entender que quanto mais conhecemos do Evangelho do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, mais precisamos dele. O mundo precisa de Cristo!

Lutero e Calvino Impactados pela verdade do Evangelho
Martinho Lutero foi um monge alemão a quem ensinaram que, para ser salvo, Deus exigia dele uma vida reta. E assim ele cresceu odiando a Deus, primeiro por exigir o que ele não podia dar, depois por entregá-lo ao fracasso. Até que Lutero leu e enfim captou o sentido de Romanos 1.17: “... no evangelho é revelada ajustiça [retidão] de Deus, uma justiça que do princípio ao fim é pela fé...” (NVI).
Labutei diligente e ansiosamente para compreender a palavra de Paulo [...] a expressão “a justiça de Deus” atravancava o caminho, pois eu a interpretava com o sentido daquela justiça por meio da qual Deus é justo e age justamente ao punir o injusto. Apesar de ser um monge impecável, eu me postava diante de Deus como pecador [...] portanto, não amava um Deus justo e raivoso, antes o odiava e contra ele murmurava [...]
Então compreendi que a justiça de Deus é aquela pela qual, por graça e pura misericórdia, ele nos justifica pela fé. Por isso senti que renasci e atravessei as portas do paraíso  [...] Lancei-me em seu interior. Se antes odiava a expressão a justiça de Deus", passei agora a considerá-la a mais cara e reconfortante notícia.
A descoberta revolucionária de Lutero em Romanos 1 levaria ao restabelecimento do evangelho na Alemanha e por toda a Europa e, depois, à Reforma protestante. Um dos maiores teólogos e pastores da Reforma, o francês João Calvino, ministrando em Genebra, Suíça, falou de Romanos como sua:
... porta de entrada [...] para todos os tesouros mais escondidos das Escrituras [...] Portanto, o tema desses capítulos pode ser assim enunciado: a única justiça do homem é por meio da misericórdia de Deus em Cristo, a qual, oferecida pelo evangelho, é apreendida pela fé.

De quem é o Evangelho?
Vale lembrar que o evangelho não é de Paulo; não se originou com ele, e ele não reivindicou a autoridade para criá-lo. Antes, é “... de Deus” (v. 1). Assim como Paulo, não temos a liberdade de remodelá-lo para que soe mais atraente em nossos dias, nem para domesticá-lo de modo a se tornar mais cômodo para nossa vida.
O conteúdo do evangelho é “... seu Filho...” (v. 3). O evangelho é centrado em Jesus. Ele diz respeito a uma pessoa, não a um conceito; é sobre ele, não nós.
Jamais compreenderemos o evangelho enquanto não entendermos que não se trata fundamentalmente de uma mensagem sobre nossa vida, nossos sonhos ou nossas esperanças. Ele fala sobre todas essas coisas, e as transforma, mas só porque não é sobre nós. O evangelho é uma proclamação sobre o Filho de Deus, o homem Jesus!
Em resumo: “O Evangelho e destinado a nós mas não é sobre nós!”

Ficamos envergonhados ou mesmo constrangidos por anunciar quem é Jesus?
Em todas as épocas, no entanto, é possível sentir vergonha do evangelho (v. 16), em vez de ansiar por compartilhá-lo. O termo traduzido como "envergonho de", nesse versículo, também quer dizer "ofendo-me por". Como o evangelho é ofensivo?
1.            O evangelho nos insulta de verdade ao dizer que nossa salvação é gratuita e imerecida! Ele nos ensina que somos fracassos espirituais tão grandes que o único modo de ganharmos a salvação é ela sendo um dom completo. Isso ofende as pessoas morais e religiosas, que pensam que sua decência lhes dá uma vantagem sobre gente menos moral.
2.            O evangelho também nos insulta ao nos dizer que Jesus morreu por nós. Ele nos ensina que somos maus a ponto de só a morte do Filho de Deus poder nos salvar. Isso ofende o culto moderno da autoexpressão e a crença popular na inata correção moral da humanidade.
3.            O evangelho, ao nos dizer que tentar ser moralmente correto e espiritual não basta, insiste em que ninguém que é “moral e correto” será salvo, apenas os que vão a Deus por meio de Jesus. Isso ofende a noção moderna de que qualquer pessoa do bem, em qualquer lugar, pode encontrar a Deus “do seu próprio jeito”. Não gostamos de perder nossa AUTONOMIA.
4.            O evangelho nos ensina que Jesus obteve a nossa salvação por meio de sofrimento e serviço (não por conquista e destruição) e que segui-lo significa sofrer e servir com Ele. Isso ofende as pessoas que desejam que a salvação seja uma vida fácil; ofende também quem quer uma vida segura e confortável.

Por quê não devemos nos envergonhar?
A mensagem do evangelho é o que Deus fez e fará por nós. Paulo afirma que o evangelho é, portanto, um poder. Não que ele traz ou tem poder, mas que efetivamente é poder. A mensagem do evangelho é mesmo o poder de Deus em forma verbal.
Ela ergue as pessoas; muda e transforma as coisas. Quando delineada e explicada, ou quando se medita sobre ela, o poder do evangelho é liberado.
O que seu poder faz? É o poder de Deus “... para a salvação...” (v. 16). O poder do evangelho é visto em sua capacidade de transformar por completo mentes, corações, orientação de vida, nosso entendimento de tudo que acontece, o modo como as pessoas se relacionam umas com as outras e assim por diante.
Acima de tudo, ele é poderoso porque faz o que nenhum outro poder sobre a terra é capaz de fazer: salvar-nos, reconciliar-nos com Deus e nos garantir um lugar no REINO DE DEUS para sempre.
Algumas pessoas anseiam pelo poder de Deus manifesto de forma sobrenatural, mas não tem consciência que tem um poder disponível que é evangelho da salvação o qual podem anunciar!
Daí cabe uma pergunta: será que quem tem poder se sente envergonhado?

Justiça revelada
O que tem o evangelho que o torna tão poderoso e lhe confere essa característica de remodelar a vida? Porque – “pois” – “... a justiça de Deus se revela no evangelho...” (v. 17). Ele é sobre o filho – mas aqui vemos o grande feito do evangelho, o fato de que nele “... a justiça de Deus se revela...”.
Temos uma boa ideia do que é essa “justiça” ao pensar no significado “retidão”, seu sinônimo. O que significa ser “reto” ou “correto” com sua empresa, com o governo ou com outra pessoa? Trata-se de uma palavra que tem a ideia de qual é o nível de relacionamento com outra parte, significa que você tem uma posição de retidão ou correção moral e não tem dívidas ou débitos para com outra pessoa ou empresa. Você é aceitável para a outra parte porque seus registros não contêm nada que prejudique a relação. A outra parte nada tem contra você.
“Justiça de Deus” pode se-referir ao caráter reto de Deus. Ele é perfeito em correção moral e santidade. Não há nele falta ou culpa. Mas Paulo fala aqui de uma justiça proveniente de Deus. Essa é uma afirmação sem paralelo, como demonstra o verbo “revelar” – ninguém jamais a conheceria, encontraria ou suporia, a menos que Deus a revelasse pela sua palavra. A posição reta (justa) é recebida de Deus, oferecida a nós por seu Filho.
“A fidelidade de Deus [em relação a suas promessas, e na vida e morte de Jesus Cristo] sempre vem em primeiro lugar, e a nossa fé não é outra coisa senão uma reação.” John Stott
Não nos tornamos justos pela fé e depois a mantemos por nossa própria correção moral!

As características do evangelho:
a)    O evangelho destrói a vergonha este são os seus efeitos –(16a)
b)    O evangelho é uma força viva, este é poder – (16b)
c)    O evangelho pode salvar qualquer um, trata de toda sua abrangência – (16c)
d)    O evangelho salva só aqueles que creem esta é a sua condição – (16c)
e)    O evangelho veio para os judeus primeiro, depois para os gentios isto é a história – (16d)
O conteúdo do evangelho
a)    Deus revela seu perfeito recorte de justiça e o oferece a nós – (17a)
b)    A justiça de Deus é recebida pela fé em caráter permanente e exclusivo – (17b)
c)    Recebê-la resulta em um novo modo de vida – (17c)

Conclusão
O evangelho sempre causará ofensa por revelar que temos uma necessidade que não somos capazes de suprir. Por isso, sempre seremos tentados a nos envergonhar dele.
Precisamos nos lembrar de que ele é o poder de Deus; de que revela a justiça de Deus, e é o modo pelo qual recebemos sua justiça. Isso é o que basicamente reverte nossa atitude em relação ao compartilhamento do evangelho.
Que sejamos aqueles que vivem o evangelho, comem o evangelho, vivenciam o evangelho e principalmente os que anunciam o evangelho da Salvação!
Deus os abençoe!
Pr. Luis Santana

Bibliografia usada:
·         Contem textos extraídos do livro Romanos 1-7 para você – Timothy Keller – Edições Vida Nova.
·         Bíblia de Estudo Pentecostal
·         Nova Almeida Atualizada – Sociedade Biblica do Brasil
·         Romanos - A bíblia é para hoje - John Stott – Editora Ultimato
·         Romanos Introdução e Comentários - F. F. Bruce - Edições Vida Nova


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